Evelyn Wang (Michelle Yeoh) está em um período difícil de sua vida. Ainda que não saiba, o marido (Waymond Wang) está prestes a pedir o divórcio, enquanto ela luta para manter um bom relacionamento com a filha (Stephanie Hsu) e cuidar do debilitado e dependente pai (James Hong). É nesse cenário que a personagem descobre um conceito já muito explorado pelo cinema de super-heróis: o multiverso. Em um momento de desespero, em que as contas de sua lavanderia são questionadas por uma fiscal do governo (Jamie Lee Curtis), Evelyn começa a ear pelos universos paralelos e a espiar, com mais ou menos intensidade, o que acontece nesses outros mundos – desde sua versão com salsichas no lugar dos dedos e até chegar na Evelyn que se tornou estrela do cinema. Com essa história em mãos, os diretores Dan Kwan e Daniel Scheinert (‘Um Cadáver para Sobreviver’) começam a desenvolver uma história que eia por meio das emoções e que brinca com os gêneros do cinema. Começamos o filme rindo e terminamos chorando, sem nunca esquecer dos sentimentos que existiram ao decorrer do filme. Destaque absoluto para Yeoh (‘Podres de Ricos’), que brilha até quando faz apenas a voz de uma pedra com olhos.
“Qualquer um pode usar a máscara”. Até Miles Morales, jovem do Brooklyn, meio negro, meio latino. É nele onde está o coração de ‘Homem-Aranha: No Aranhaverso’, longa-metragem do Escalador de Paredes, que, ao mesmo tempo, brinca com os elementos das histórias em quadrinhos em seu estilo de animação e, em seu roteiro, traz um multiverso com diversas versões do herói. ível para crianças, adultos e fãs do personagem, o filme reúne ação, humor e emoção nas medidas exatas.
A segunda história solo do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) no Universo Cinematográfico Marvel, ‘Doutor Estranho e o Multiverso da Loucura’ amplia e expande os acontecimentos vistos não só em ‘Vingadores: Guerra Infinita’, ‘Vingadores: Ultimato’ e, principalmente, ‘Homem-Aranha: Sem Volta para Casa’, mas também das séries ‘WandaVision’, ‘Loki’ e ‘O Que Aconteceria Se…?’, as três do Disney+. Na trama, o herói-título encontra America Chavez (Xochitl Gomez), uma garota com a capacidade de viajar pelo multiverso que é perseguida por estranhos (e poderosos) monstros. A partir daí, eles embarcam em uma aventura pelas mais diferentes realidades paralelas dos heróis Marvel. Tudo isso embalado por um longa-metragem que berra Sam Raimi, diretor famoso pela primeira trilogia ‘Homem-Aranha’ e por longas de terror como ‘Evil Dead’. Estética, fotografia, enquadramentos e escolhas criativas possuem a clara do cineasta, fazendo deste um dos mais bem dirigidos filmes do MCU. É o roteiro que fica devendo, principalmente em relação aos clichês e lugares-comum envolvendo a vilã principal, mas tudo isso é equilibrado pelo toque de Raimi, pela ótima trilha de Danny Elfman (‘Batman’ e ‘Homem-Aranha’) e por muito, muito fan service. Não chega a ser uma atração de parque pura como ‘Homem-Aranha: Sem Volta para Casa’, mas o mérito deste filme está realmente em saber entreter os fãs já catequizados pela Casa das Ideias.
E se você acordasse, um dia, num mundo onde não existe Coca-Cola, nem os Beatles? Além de ter que recorrer à Pepsi, você seria visto como gênio da música ao cantarolar as belas e, agora, desconhecidas canções do Fab Four. Pois é esse o pressuposto maluco de ‘Yesterday’, um belo filme do diretor Danny Boyle (‘Quem Quer Ser Um Milionário?') e estrelado por Himesh Patel e por Lily James (‘Cinderella’, ‘Em Ritmo de Fuga’). Embalado pelas músicas como “Let It Be”, “She Loves You”, “Hey Jude”, “Something” e, claro, “Yesterday”, o longa-metragem foi feito na medida para nos fazer sentir bem, o famoso “feel good movie”. Ainda que não inove ou entregue nada de surpreendente, ele cumpre a sua principal função: melhorar o nosso dia.
Com uma ambiciosa mistura de tragédia e sátira, suspense e ficção científica, 'Donnie Darko' é um dos grandes clássicos cult lançados no início deste século. Com uma atuação brilhante do jovem Jake Gyllenhaal, a história traz conceitos de dimensões paralelas e viagem no tempo, borrando a linha entre sanidade e insanidade na mente do protagonista.