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Com 'Os Fabelmans', Steven Spielberg entrega seu trabalho autobiográfico 573653
Depois de Cuarón, Branagh e Gray, chega a vez de Steve Spielberg falar sobre sua vida em 'Os Fabelmans'
Lalo Ortega | 27/12/2022 às 10:00 - Atualizado em: 22/12/2022 às 10:43
Parece que, em determinado momento de suas carreiras, artistas consagrados tendem a olhar para trás para ver suas vidas com a perspectiva do tempo, obtendo resultados muito variáveis quando trazidos para a tela. Nos últimos anos, vimos 'Armageddon Time', de James Gray. À lista, se soma o lendário Steven Spielberg com 'Os Fabelmans', que chegará aos cinemas brasileiros em 12 de janeiro de 2023.
É um exercício autobiográfico que, no entanto, encheu Spielberg de apreensão. O cineasta americano pensava nisso desde o final dos anos 90, e até o intitulou 'I'll Be Home' naquela época.
"Meu grande medo é que minha mãe e meu pai não gostem de mim, pensem que é um insulto e não compartilhem minha perspectiva amorosa, mas crítica, de como foi crescer com eles", disse ele ao The New York Times em 1999. O próprio Spielberg disse que seus próprios pais, Leah Adler e Arnold Spielberg, insistiram que ele fizesse um filme sobre suas vidas, antes de suas respectivas mortes em 2017 e 2020.

Assim, 'Os Fabelmans' acaba sendo o filme mais pessoal do maior cineasta de Hollywood graças ao fato de que ele opta pelo pequeno e pelo íntimo: sua vida familiar. Sim, é a história de como o rei do blockbuster da família se apaixonou pelos filmes e pelo refúgio que lhe ofereceram. Mas é também a história de uma família que se desfaz, como tantas outras na filmografia do realizador.
Como a outra grande história em seu DNA, a de Sammy Fabelman (alter ego de Spielberg), ela começa com um trem. Ou com o choque de um, melhor. Em 1952, o pequeno Samm é levado pela primeira vez ao cinema por seus pais, Mitzi (Michelle Williams) e Burt (Paul Dano). O filme é 'The Greatest Show on Earth', de Cecil B. DeMille.
Sammy fica tão obcecado com a cena do trem no filme que ele pede um modelo de trem para bater uma e outra vez. Vendo isso, sua mãe decide dar-lhe uma câmera de 8mm e o resto, como dizem, é história.
A partir daí, 'Os Fabelmans' se torna um filme sobre um garoto que vê a vida através do cinema. Sammy filma de tudo, desde pequenas aventuras de infância com suas irmãs até viagens de acampamento com seus pais e Bennie Loewy (Seth Rogen), o melhor amigo de Burt, cuja presença acaba atrapalhando a dinâmica familiar.
Então Sammy cresce, a família se muda, ele se apaixona. Spielberg a por todos os pontos do manual de amadurecimento, mas ele faz isso mantendo esse espírito de maravilha de aventura como 'E.T.' ou 'Encontros Imediatos de Terceiro Grau'. Porque descobrir o cinema, filmar seus filmes amadores e descobrir sua vocação é uma aventura para Sammy Fabelman.

- Leia também: ‘Bardo’: Entre virtuosismo, vaidade e autopiedade
Isso apesar dos obstáculos, como valentões e rupturas familiares no caminho. Já um especialista nisso, Spielberg – ajudado por uma Michelle Williams capaz de partir nossos corações em cada aparição – constantemente nos lembra que a tragédia e os corações partidos estão sempre lá, mesmo que escondidos em um canto do quadro.
The Fabelmans é sobre a necessidade de nos contar histórias 6g106l
Talvez mais do que as outras obras autobiográficas de seus pares, 'Os Fabelmans' justifica sua existência retratando o que as histórias – e criando-as – significam para Sammy/Steven. Por que narramos e por que gostamos de ouvir?
O filme de Spielberg nos lembra do enorme poder das histórias para nos vermos, nos fazermos sentir identificados e menos sozinhos. Ou talvez, como a mãe de Sammy sente quando vê seu filho repetir o acidente de trem uma e outra vez, isso nos faz sentir mais no controle através do artifício. Mentindo, até.
E isso não quer dizer que 'Os Fabelmans' esteja cheio de imprecisões sobre a vida de Spielberg – verdade seja dita, é bastante fiel às suas experiências. Mas fala sobre encontrar verdades filmadas em celuloide e moldá-las como quisermos na sala de edição.
Para quê? Para fazer um valentão parecer um herói, talvez. Ou para fazer catarse sobre o que vivíamos e perceber que não era tão ruim. Ou talvez sim. Mas o que importa é como escrevemos a história a partir dela.

Lalo Ortega é um crítico mexicano de cinema. Já escreveu para publicações como EMPIRE em español, Cine PREMIERE, La Estatuilla e mais. Hoje, é editor-chefe do Filmelier.

Lalo Ortega é um crítico mexicano de cinema. Já escreveu para publicações como EMPIRE em español, Cine PREMIERE, La Estatuilla e mais. Hoje, é editor-chefe do Filmelier.
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