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Crítica de 'Godzilla e Kong': cinema de "monster trucks" f6tt
‘Godzilla e Kong: O Novo Império’ é o equivalente cinematográfico de calorias excessivas sem nutrientes. Confira a crítica.
Lalo Ortega | 28/03/2024 às 13:01 - Atualizado em: 29/03/2024 às 13:28
A franquia do MonsterVerse - cujo novo filme, King Kong (1933), uma fantasia de aventura alegórica da colonização e escravidão.
- Confira também: Onde assistir aos filmes de Godzilla
Juntas, são duas das obras fundamentais do cinema de monstros gigantes (ou kaijū), que se transformaram em todos os tipos de filmes. Cada uma por si só, tornaram-se franquias com múltiplas sequências e reinterpretações em remakes. Godzilla já foi de super-herói gigante a crítica política símbolo do fracasso americano no Vietnã.
Isso nos fala das possibilidades expressivas dos monstros. Eles são, parafraseando o cineasta mexicano Guillermo del Toro, uma encarnação da vida, suas imperfeições e horrores, mas também da possibilidade de nos redimirmos e seguirmos em frente.
É por isso que, a cada entrega, o MonsterVerse se torna mais decepcionante, vazio. Godzilla e Kong: O Novo Império têm um trabalho impressionante em termos de animação digital e efeitos especiais, isso não pode ser negado. Mas todo o talento nesta megaprodução - cujo orçamento é estimado em 135 milhões de dólares (USD) - está a serviço de uma história sem alma.
Outro de titãs 2o5e5a
Godzilla e Kong continua com o status quo estabelecido por sua antecessora: depois de quase se destruírem mutuamente e se unirem para derrotar Mecha-Godzilla, ambos os titãs dividiram territórios. Godzilla é o rei dos monstros na superfície, enquanto Kong deve governar nas profundezas da "Terra Oca", um mundo que existe nas profundezas de nosso planeta e de onde vêm todas as criaturas gigantes.
Não é necessário ter visto a onda de materiais promocionais do filme para prever o que está por vir. Se mudarmos o "vs." por "e" no título, a história deve estabelecer o pretexto para a aliança entre esses titãs. Tudo começa em mistério: Godzilla age estranhamente, e Kong reaparece na superfície.
Os humanos da história (um elenco liderado por Rebecca Hall, Bryan Tyree Henry e Dan Stevens) decidem investigar, e não demoram a seguir Kong até a Terra Oca para descobrir o que está acontecendo: existe uma pequena sociedade humana nas profundezas que pede ajuda para enfrentar Skar, outro macaco gigante que vive obcecado em dominar o planeta, por dentro e por fora.
- Leia também: Duna 3: O que sabemos sobre o filme até agora?

A partir daqui, Godzilla e Kong se torna um eio por um mundo gerado por computador. Os consideráveis talentos de seu elenco são colocados a serviço do diálogo expositivo, para explicar o que, logicamente, seus titânicos protagonistas não podem: a complicada - e nada interessante - mitologia do MonsterVerse.
É pura tagarelice que, na melhor das hipóteses, será apreciada pelos fãs mais dedicados da franquia. Num claro esforço para expandir a franquia, são introduzidos conceitos, histórias, monstros novos. Mas são momentos dramaticamente mais frios do que a nova era glacial que Skar pretende desencadear na Terra.
A grande paradoxo é que os momentos mais emotivos e humanos de Godzilla e Kong são entregues por personagens que não podem falar e que, na realidade, nem mesmo existem. Aplausos às equipes de efeitos especiais e animação pela expressividade alcançada em Kong e em "Mini-Kong", que compensam a anemia de emoções no resto da metragem sem dizer uma palavra, apenas com seus rostos e corpos digitais.
Godzilla e Kong não entende o que gostamos nos monstros 6j5d22
Já foi dito até a exaustão sobre este tipo de filmes: "as verdadeiras estrelas são os monstros". Ou seja, que tudo é um pretexto para vê-los se golpearem na cara, derrubarem prédios, cuspirem raios de energia. Um espetáculo cuja concepção da devastação é quase pornográfica (o que importa alguns cariocas pisoteados? Kong tem um braço de metal!).
Deixemos de lado o quão tedioso e gratuito é tudo isso neste filme. O verdadeiro problema é que o MonsterVerse demonstra sua completa falta de compreensão sobre o que uma verdadeira e grandiosa filme de monstros precisa. Não é ver macacos e lagartos gigantes se batendo em gravidade zero, mas sim ter algo a dizer sobre a humanidade. Elemento que, de fato, não estava totalmente ausente nos capítulos inaugurais da franquia, Godzilla (2014) e Kong: A Ilha da Caveira (2017).
E é à sombra de premiada com o Oscar de Melhores Efeitos Visuais), que Godzilla e Kong parece especialmente patético. Vamos ignorar a diferença abismal nos custos de produção: sem deixar de ser espetacular, Minus One é uma obra de arte que reflete sobre a luta espiritual do Japão com seu ado beligerante e suas cicatrizes nucleares (e estima-se que custou menos de 15 milhões de dólares).
- Leia também: Crítica de Godzilla Minus One: curar a história

Seria errado afirmar que o Godzilla japonês sempre foi tão solene e meditativo (não foi), mas também é verdade que o MonsterVerse americano poderia explorar esse potencial. Já tentou: apenas alguns meses atrás, também foi lançada na Apple TV+ a série Monarch, que explora as origens da misteriosa organização que estuda os incidentes com monstros. Entre outros temas, a série aborda a dualidade da identidade dos nipo-americanos, com Godzilla como dispositivo narrativo. Os monstros, novamente, são o de menos.
Precisamos de entretenimento trivial e simples, repleto de calorias e desprovido de nutrientes em nossas vidas? Absolutamente. Mas isso não deveria ser incompatível com fazer um filme com um pouquinho de alma.
E nesse sentido, Godzilla e Kong é o oposto. É o equivalente a assistir a uma horda de lutadores se espancarem por duas horas a bordo de monster trucks - aqueles caminhões gigantes, conhecidos ora pelos iradores de shows radicais-, enquanto o Kiss explode os alto-falantes e acompanhamos o espetáculo com um hambúrguer triplo, transbordando de bacon e coberto de queijo.
De forma nenhuma isso é um elogio.
Godzilla e Kong: O Novo Império estreia nos cinemas em 28 de março. Compre seus ingressos para assistir. 3h1y57
Publicado primeiro na edição mexicana de Filmelier News.


Lalo Ortega é um crítico mexicano de cinema. Já escreveu para publicações como EMPIRE em español, Cine PREMIERE, La Estatuilla e mais. Hoje, é editor-chefe do Filmelier.

Lalo Ortega é um crítico mexicano de cinema. Já escreveu para publicações como EMPIRE em español, Cine PREMIERE, La Estatuilla e mais. Hoje, é editor-chefe do Filmelier.
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