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Charlize Theron ou por cima do sexismo para se tornar um ícone dos filmes de ação 3j3n2z
Na Comic-Con virtual, a atriz contou que considera o papel em 'Mad Max: Estrada da Fúria' um dos mais importantes da carreira
Raíssa Basílio | 24/07/2020 às 19:42 - Atualizado em: 25/07/2020 às 11:07
Charlize Theron é, sem dúvida, um dos primeiros nomes que vem à mente quando pensamos em filmes de ação com protagonismo feminino. Nesta sexta-feira (24), em um na Comic-Con@Home, a atriz contou que seu caminho não foi fácil, que enfrentou o sexismo presente na indústria cinematográfica e conseguiu dar a volta por cima.
"Não acho que eu acordei um dia e decidi fazer filmes de ação, foi mais uma coisa que eu sempre tive vontade de fazer mas não tinha a oportunidade", contou Charlize Theron na versão digital da San Diego Comic-Con, quando teve a oportunidade de falar sobre a própria carreira. Ela também compartilhou que sempre teve uma proximidade com o gênero de ação - que se tornou um nicho masculino, tanto de público, quanto de espectadores.
"Eu fui criada por uma mãe que adorava os filmes de Chuck Norris e Charles Bronson, e meu pai adorava 'Mad Max'. Essa era a maioria dos filmes que nós costumávamos assistir. Mas claro que também assistíamos a dramas como 'A Escolha de Sofia' e 'Kramer vs Kramer', super inapropriados para minha idade na época. Mas eu acredito que isso ajudou a moldar minha carreira".
Primeiro papel de Charlize Theron em um filme de ação foi em 'Æon Flux' gj4x

Theron analisou o quão importante é conseguir se destacar e ser um exemplo. Um de seus papéis de maior destaque foi em 'Mad Max: Estrada da Fúria', no entanto, ela começou nos filmes de ação em 2005 com 'Æon Flux'.
A artista só recebeu o convite da produção depois que ganhou o Oscar por 'Monster: Desejo Assassino'." Eu sempre tive uma afinidade com todos os gêneros, mas infelizmente há 30 anos não tinham muitas oportunidades para mulheres nesse meio. Isso só aconteceu depois que eu ganhei meu Oscar em 2004".
'Æon Flux' não foi bem recebido pela crítica na época em que foi lançado e a atriz entende que isso seria diferente na atualidade. "Foi um filme difícil de fazer porque todo mundo tentava colocá-lo dentro de um padrão e tinham ideias pré-concebidas do que poderia ou não ser feito ali. É um trabalho que eu acredito que hoje seria celebrado, cinematicamente falando", analisou a atriz.
"O filme não teve o resultado esperado e foi nesse momento em minha carreira que percebi muito claramente que por conta disso eu talvez não tivesse outras oportunidades desse tipo. Foi realmente difícl perceber que mulheres não conseguiriam fazer com que filmes de ação fossem bem sucedidos", completou Charlize Theron.
Furiosa foi um divisor de águas na carreira da atriz 216r2p

Charlize Theron acredita que Furiosa mudou todo o cenário para as mulheres e também para ela. "Foi só quando 'Mad Max: Estrada da Fúria' aconteceu que eu perceber novas possibilidades. Você só precisa encontrar as pessoas certas que estarão dispostas a se arriscar e que vão querer explorar essas histórias com mulheres".
A atriz vê o filme como um dos trabalhos mais relevantes de sua carreira e comparou a importância de Furiosa com a tenente Ripley de 'Alien : O Oitavo ageiro'.
- Veja também: Comic-Con: Charlize Theron compara importância de Ripley e Furiosa para os filmes de ação
"Furiosa é uma das personagens mais importantes que já fiz. Eu sei a importância dela e eu vi o potencial dela desde o início da produção, de poder colocar uma mulher numa posição daquelas. A analogia mais próxima que eu posso fazer foi a primeira vez que vi Sigourney Weaver como Ripley.
Eu senti que aquilo mudou tudo para mim. Foi como se o mundo estivesse se abrindo e as possibilidades fossem ilimitadas. E Furiosa também parecia real para mim, autêntica. Isso não acontece sempre e eu me sinto sortuda de ter tido a oportunidade de fazer Mad Max e de estar preparada para aquilo", completou Charlize Theron.
Antes de Mad Max, Charlize Theron teve que lidar com o sexismo no cinema 3r2z58

Enquanto contava sobre a importância da Furiosa, Charlize Theron lembrou que um dos primeiros filmes em que teve contato com ação foi em 'Uma Saíde de Mestre', de 2003. Na trama, ela é a única mulher em uma gangue de ladrões e na produção sentiu na pele o peso disso.
"Foi minha primeira experiência mais focada em cenas de ação com dublês e lembro vividamente que era uma dinâmica muito injusta. Eu era a única mulher em um elenco que só tinham homens e quando eu recebi meu cronograma de gravações e teria que treinar seis semanas a mais do que qualquer um dos caras, isso foi um insulto. Mas eu tomei como um incentivo, 'se vocês querem jogar desse jeito então vamos ver'", contou ela.
Para a surpresa de todos, um dos homens do elenco acabou ando mal durante um dos treinamentos pois não teve a mesma preparação que julgaram ser necessária Theron.
"Eu fiz questão de dirigir todos os carros e me lembro muito bem de uma cena que Mark Wahlberg não aguentou as manobras em 360 graus que fazíamos com os carros e ou mal. Teve uma cena em que dávamos 180 graus com os carros, com objetos e pessoas dentro de um armazém, e eu fiz tudo sozinha. Me senti orgulhosa e nesse momento percebi que, sim, mulheres também podem fazer esse tipo de coisa", relembrou a artista.
Charlize Theron acredita que a indústria cinematográfica está mudando aos poucos 1n6m7

Apesar de tudo que ou, a atriz nota algumas transformações na indústria do cinema, mas mudanças ainda são necessárias. Depois de 'Mad Max', ela fez 'The Old Guard', nova aposta da Netflix, e está trabalhando na sequência de 'Atômica' também com o serviço de streaming.
"Eu me inspiro constantemente em outras mulheres que estão nessa luta, como [a diretora de 'Monster' e 'Mulher-Maravilha] Patty Jenkins, que está elevando o nível de filmes de ação femininos, e a pressão continua, ainda é um mercado muito dominado por homens, e essa luta para abrir espaços continua", contou Charlize Theron.

Jornalista de cultura e entretenimento. Já ou pelo Papelpop e UOL, escrevendo sobre cinema, música e TV, e também trabalhou com produção na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Foi redatora do Filmelier.

Jornalista de cultura e entretenimento. Já ou pelo Papelpop e UOL, escrevendo sobre cinema, música e TV, e também trabalhou com produção na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Foi redatora do Filmelier.
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