Este é, sem dúvida alguma, um filme do Coringa – ainda que o Batman seja o protagonista de direito. É o vilão que dita as ações do longa, que expande a história e captura a atenção do espectador. Tudo isso calcado em um roteiro complexo e em uma atuação memorável de Heath Ledger, que morreu antes do filme estrear nos cinemas e não pode receber o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante que recebeu da Academia. As sequências gravadas em câmeras de IMAX são de tirar o fôlego, em uma produção que atinge o maior apuro técnico e criativo visto entre os longas de super-herói. Há ainda toda uma questão sobre bem e mal, caos e ordem e tudo mais que ficará clara para você nas entrelinhas dos diálogos, basta ficar atento. É um filme sério, sim, e há quem diga até que é menos divertido justamente por causa dessa seriedade – mas isso está longe de ser um problema, não é?
Anos após os acontecimentos de ‘O Cavaleiro das Trevas’, o Batman está aposentado. Porém, isso abriu espaço para o surgimento de um novo vilão – Bane, vivido por Tom Hardy (‘Mad Max: Estrada da Fúria’) – que começa a agir no submundo de Gotham. O Cavaleiro das Trevas é então convencido a voltar à ação, em uma história baseada no arco dos quadrinhos chamado ‘A Queda do Morcego’. Assim se desenrola o mais grandioso e ambicioso filme do Batman, com 2h44 de duração – o que talvez seja o maior defeito da produção, já que pode dispersar o espectador. Apesar de seus eventuais defeitos, ainda assim é um sombrio, denso e interessante longa-metragem.