Em uma era de sequências e remakes, ‘Trem-Bala’ é um filme de ação pipoca de um grande estúdio que propõe uma história original, baseada no livro do escritor japonês Kōtarō Isaka. Isso não quer dizer que este é um longa-metragem tão inovador assim: a direção é de David Leitch, de ‘Atômica’ e ‘Deadpool 2’, e ele traz aqui tudo aquilo que já virou a sua marca registrada, incluindo ótimas cenas de luta e aquela fotografia com tons de vermelho e azul (assinada por Jonathan Sela). No elenco, Brad Pitt pode desfilar tanto as suas (ótimas) capacidades para fazer tanto ação quanto comédia, enquanto o trio de assassinos Aaron Taylor-Johnson ('Kick-Ass'), Brian Tyree Henry ('Eternos') e Joey King ('A Barraca do Beijo') tentam roubar a cena. Infelizmente, tudo isso fica em segundo plano com um roteiro confuso, que se perde nas reviravoltas e não sabe quando ser sério ou galhofa, o que é uma pena. Falta, também, um uso mais inteligente dos ambientes claustrofóbicos do trem-bala do título. Tirando isso, é mais uma produção com o selo de Leitch que consegue entregar a ação que os fãs do gênero amam. Clique aqui para ler a crítica completa.
Na Terra de Santos e Pecadores (In the Land of Saints & Sinners) mostra que brilhante em Os Banshees de Inisherin).
Adam Clay (Jason Statham) não está feliz. Ele está em uma tentativa brutal de vingança, após um acontecimento que abalou sua vida e que, agora, gera riscos para todo o mundo. O motivo? Ele é ex-agente de uma organização poderosa e clandestina conhecida como Beekeepers. Com direção do instável David Ayer (do tenebroso Esquadrão Suicida, mas do bom Coração de Ferro), Beekeeper: Rede de Vingança se ancora bastante no sucesso de John Wick: não apenas por se tratar de um protagonista que mata tudo e todos que vê pela frente em busca de uma vingança quase inalcançável, mas também pela estética mais voltada para o neon, com um design de produção que tenta se diferenciar. Há alguns excessos de Ayer, que, assim como aconteceu com Esquadrão Suicida, acaba se colocando mais em cena do que deveria com movimentos de câmera desnecessários e coisas do tipo. O que ajuda o filme é o carisma de Statham, que consegue mesclar humor e ação em boas medidas. Leia mais em nossa crítica completa.
Dentro de toda a saga de John Wick, há algo que podemos afirmar sobre sua quarta entrega: é mais grandiosa, exagerada e insana comparada às suas predecessoras, mas também bastante mais longa. Em John Wick 4, o protagonista (Keanu Reeves), mais uma vez, deve enfrentar o mundo inteiro, com cada vez menos aliados ao seu lado para vencer a Alta Cúpula do mundo dos assassinos e finalmente ser livre. Devido à sua duração, pode ser um pouco cansativa e algumas cenas esticam ao limite a pouca credibilidade de suas sequências de ação. No entanto, essas últimas são realmente espetaculares e, sem dúvida, estão entre as melhores não apenas da franquia, mas de todo o cinema de ação contemporâneo.
O Dublê (The Fall Guy) é um desses filmes que parecem projetados para ter de tudo e, assim, agradar ao público mais amplo possível. Baseado na série homônima dos anos 80 e dirigido por David Leitch (ex-dublê de ação e hoje diretor de filmes como Trem-Bala e Deadpool 2), o filme segue Colt Seavers (Ryan Gosling), um dublê de ação em decadência que deve investigar o misterioso desaparecimento do ator Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson), pois isso prejudicaria o primeiro filme de sua amada, a cineasta Jody (Emily Blunt). E o grande problema com este filme é que ele tenta ser tudo: comédia romântica, comédia de ação, sátira de Hollywood, mistério criminal e mais, prejudicado pela magnitude de suas próprias ambições, além de um roteiro sobrecarregado demais e pouco claro. Você poderá apreciá-lo como uma aproximação ao mundo por trás do cinema de ação, e pelo carisma de Ryan Gosling e Emily Blunt. O Dublê.
