Papa Francisco: Um Homem de Palavra é um documentário dirigido por Wim Wenders (Dias Perfeitos) que acompanha a figura titular em diversos momentos de seu pontificado, iniciado em 2013. O longa explora a importância do nome escolhido (em homenagem a São Francisco de Assis), além do fato de ele ter sido o primeiro papa jesuíta e também o primeiro vindo do hemisfério sul. Ainda que por vezes soe excessivamente reverente, o documentário ajuda a entender a figura do Papa Francisco, a imagem que projetou para o mundo e sua visão para a Santa Sé.
Dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus) a partir de uma peça de Anthony McCarten, Dois Papas é um drama que dramatiza a abdicação do Papa Bento XVI (interpretado por Anthony Hopkins) e sua eventual sucessão pelo cardeal Jorge Mario Bergoglio (Jonathan Pryce), que viria a se tornar o Papa Francisco. Com algumas licenças poéticas, o filme permite explorar as posturas diferentes de dois líderes dentro da mesma igreja, e a busca por um caminho comum para o futuro da fé católica.
Um dos filmes mais populares dos últimos tempos é essa produção dirigida por Edward Berger (Nada de Novo no Front), marcada pela intensidade dramática com que retrata um conclave papal. Apesar de fictício e com diversas liberdades criativas em nome do suspense (mas também com vários paralelos com a transição entre o Papa Bento XVI e o próprio Papa Francisco), este drama é uma excelente introdução ao funcionamento da eleição de um novo papa e do processo da sucessão apostólica. Leia mais em nossa crítica de Conclave.
As sandálias do pescador (The Fisherman's Shoes), baseada no romance homônimo de Morris West, é outro filme que nos aproxima do processo do conclave papal, embora em um contexto bem diferente. A trama segue um arcebispo soviético (Anthony Quinn) que, após ser inesperadamente libertado de um campo de trabalhos forçados no auge da Guerra Fria, é enviado a Roma para se tornar cardeal, mas as circunstâncias o levam a se tornar o Papa. Embora pareça inverossímil para os nossos tempos, este filme ilustra o enorme papel que a Igreja Católica desempenha na política global e oferece outra perspectiva sobre o processo de sucessão papal.
E aqui temos uma abordagem cômica do mesmo tema, cortesía do cineasta italiano Nanni Moretti (O Melhor Está por Vir). Habemus Papam segue um cardeal que, contra sua vontade, é eleito o novo Papa em um conclave. Quando ele quebra sob a pressão no mesmo dia em que é anunciado ao mundo, os cardeais permitem que ele se submeta a uma terapia de psicanálise para poder desempenhar o cargo mais importante no reino de Deus na Terra. Embora seja mais para se divertir e não ser levado muito a sério, Moretti ironiza sobre as práticas da Igreja e nos ajuda a colocar em perspectiva que, no fim de tudo, o Papa também é um ser humano.