O que acontece quando um dos diretores mais consagrados de nossa época, Steven Spielberg, resolve fazer uma nova adaptação de um dos mais famosos musicais da Broadway e do cinema? O resultado é a nova versão de ‘Amor, Sublime Amor’ (‘West Side Story’). Spielberg é impecável em seu trabalho: ao mesmo tempo em que ele é, dentro do possível, fiel ao material original - uma versão de ‘Romeu e Julieta’ que se a no bairro de Upper West Side, de Nova York, com Capuletos e Montéquios substituídos por imigrantes porto-riquenhos e descendentes de imigrantes europeus durante meados dos anos 1950 - o cineasta traz toda a sua linguagem cinematográfica, a sua forma única de, por meio de imagens, ressaltar emoções, expressões e acontecimentos. O diretor, porém, promove um twist interessante: adiciona uma cama maior (em relação a adaptação de 1961) de crítica social, ressaltando a gentrificação e deixando ainda mais claro que aqueles jovens não são inimigos entre si, mas sim vítimas de engrenagens sociais muito maiores que todos nós. Rachel Zegler está ótima como Maria, enquanto é extremamente belo e tocante ver Rita Moreno (da versão original) em cena. Porém, é Ariana DeBose, como Anita, quem realmente rouba a cena. O elenco ainda conta com Ansel Elgort (‘Em Ritmo de Fuga’) como o protagonista Tony, além de Mike Faist e David Alvarez como os líderes das gangues Jets e Sharks. Indicado para quem gosta de musicais e para aqueles apaixonados pela obra de Steven Spielberg.
Dirigido por Jenn Wexler, Jogo de Sacrifício (The Sacrifice Game) é um filme de terror ambientado em um internato feminino durante o Natal, onde estudantes enfrentam uma gangue assassina realizando rituais demoníacos. O filme recebeu elogios por sua narrativa envolvente e reviravoltas inesperadas, destacando-se no subgênero de terror natalino.
Maria Callas (ou apenas Maria, no original) é mais um filme biográfico a fazer parte da trilogia de musas inspiradoras do cineasta chileno Pablo Larraín, ao lado de Spencer, sobre a Princesa Diana, e Jackie, sobre a ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Jacqueline Kennedy. Neste capítulo, que é o filme menos inspirado dos três, Larraín se debruça principalmente em um momento em que Callas está afastada dos palcos, incerta se sua voz está pronta para encarar uma apresentação de ópera. Jolie não consegue encontrar a fragilidade -- emocional e física -- do momento da cantora, se equilibrando entre uma atuação exageradamente forçada e outra que se apaga frente à sua história cheia de complicações. Ainda assim, é um drama bem dirigido por Larraín e, principalmente, que faz com que o público viaje em sua fotografia, seus cenários e seu competente design de produção.
Em um nível superficial, ‘O Predador: A Caçada’ (‘Prey’) é um excelente filme de ação e terror: há combate sangrento, alta tensão e o alienígena de sempre, mais brutal do que nunca. No entanto, este prelúdio (que se a em 1791) consegue se tornar o melhor de toda a franquia ‘O Predator’ ao subverter suas convenções, com uma protagonista feminina (uma guerreira comanche interpretada por Amber Midthunder, da série ‘Legion’) e traçando uma jornada crível. Ela, com quem é fácil de se identificar, questiona também o estereótipo dos heróis de ação. Você pode ler mais em nossa crítica, mas basta dizer que ‘O Predador: A Caçada’ é uma proposta de ação satisfatória e refrescante. É um longa exclusivo do Star+, embora seja uma pena que não tenha sido lançado nos cinemas.